Governo de Cabo Verde homenageia dois profissionais de saúde em Santo Antão pela sua dedicação à causa da saúde
Numa cerimónia que teve lugar na manhã desta terça-feira 12 de abril, no Hospital Regional Dr. João Morais em Santo Antão, presidido pelo Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva e pelo Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, os homenageados foram o Sr. Ulisses Fonseca que foi técnico do laboratório de análises clínicas e o criador do Banco de Sangue daquele hospital e o enfermeiro Rufino Maurício que foi o primeiro e único enfermeiro da ilha, no período pré- independência.
Esta homenagem e reconhecimento feito pelo Ministério da Saúde com o objetivo de agradecer o grande contributo destes dois cidadãos, em prol do desenvolvimento da saúde na ilha de Santo Antão. Distinguiu-se com a atribuição do Nome do Sr. Ulisses Mário Fonseca ao Laboratório de Análises Clínicas e atribuição do Nome de Enf. Rufino Maurício ao Serviço de Saúde Mental do mesmo Hospital. As placas foram descerradas pelo Primeiro-ministro de Cabo Verde na presença do homenageado Enf. Rufino Maurício e dos familiares, bem como da Esposa e familiares do Sr. Ulisses Fonseca.
O Homenageado Ulisses Mário Fonseca, foi responsável do laboratório de análises clínicas e um grande impulsionador, criador e responsável do Serviço de Banco de Sangue do Hospital Regional de Santo Antão, Dr. João Morais. Trabalhou naquele Hospital de 1995 a 2021, ano em que faleceu. O Concelho de Ribeira Grande de Santo Antão é um dos concelhos com maior número de doadores de sangue, graças ao contributo, abnegado trabalho e profissionalismo deste que foi um grande agente de saúde, destacando-se ainda pelo seu sentido cívico e humano, ao voluntariamente e pro bono, deslocando-se a residência de pessoas acamadas, incapacitadas e idosas para colheita de sangue para exames complementares de diagnóstico, de forma altruísta, justamente reconhecida pela comunidade que serviu.
O Enfermeiro Rufino Calazans Maurício, nascido a 27 de agosto de 1933, na Vila da Ribeira Grande, Ilha de Santo Antão, é, hoje, reconhecidamente uma figura incontornável na ilha, pelo seu humanismo, dedicação à causa profissional, bem como a longa e vasta experiência nos domínios da saúde. Em 1960, foi chamado pelo médico e político Dr. Agostinho Neto, Delegado de Saúde da Ilha, na época,O Homenageado Ulisses Mário Fonseca, foi responsável do laboratório de análises clínicas e um grande impulsionador, criador e responsável do Serviço de Banco de Sangue do Hospital Regional de Santo Antão, Dr. João Morais.
Trabalhou naquele Hospital de 1995 a 2021, ano em que faleceu. O Concelho de Ribeira Grande de Santo Antão é um dos concelhos com maior número de doadores de sangue, graças ao contributo, abnegado trabalho e profissionalismo deste que foi um grande agente de saúde, destacando-se ainda pelo seu sentido cívico e humano, ao voluntariamente e pro bono, deslocando-se a residência de pessoas acamadas, incapacitadas e idosas para colheita de sangue para exames complementares de diagnóstico, de forma altruísta, justamente reconhecida pela comunidade que serviu.
Para o Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, este é um momento solene e de alto significado simbólico, para prestar uma justa homenagem a duas figuras, que pelo seu profissionalismo, carácter, dedicação e altruísmo, marcaram a história da saúde nesta ilha e particularmente do concelho de Ribeira Grande.
“Homenagear os profissionais, Ulisses Fonseca e Rufino Maurício é, antes de tudo, homenagear a saúde em Santo Antão; é homenagear os profissionais de saúde das várias gerações que ao longo da história souberam com dedicação, amor e entrega à profissão e à sua ilha, trilhar um formidável percurso”, afirmou, ressaltando que se trata de homenagear à geração médica que passou pela ilha, que sem praticamente ter à sua disposição meios auxiliares de diagnóstico, recorriam às principais ferramentas que o médico pode dispor, que era a empatia, saber colocar-se no lugar do outro, compreender a envolvência e as circunstâncias que determinaram a doença do seu paciente, apoiar-se na anamnese e no exame físico para estabelecer uma hipótese diagnóstica e bastas vezes, empiricamente tratar.
Arlindo do Rosário disse ainda que se trata de uma classe de enfermagem, com enfermeiros e enfermeiras altamente preparadas, que faziam autênticos milagres na atenção aos doentes, mas também na prevenção e na promoção da saúde, percorrendo enormes distâncias, por caminhos ingremes, chegando a localidades remotas, para vacinar, fazer planeamento familiar, acompanhar as grávidas, capacitar as parteiras leigas, cuidar de problemas de anemia e malnutrição das crianças, visitar escolas, entre outras atividades.
Para além de recordar outros antigos profissionais que trabalharam em prol da saúde em Santo Antão e dos ganhos alcançados, como Dr. Camilo, Dr. Ernesto, Dr. Carlos Brito Dr. Francisco Fortes, Mamana, Nhá mari de Nené, Madji e Fatinha, o Ministro disse que Santo Antão tem apresentado vários exemplos de boas práticas em saúde, sendo fruto de fortes investimentos nas infraestruturas, nos equipamentos médico-hospitalares, nos recursos humanos, mas sobretudo fruto da dedicação e empenho de todos os trabalhadores de saúde na ilha.
“De um verdadeiro deserto sanitário do ponto de vista de recursos humanos nos primórdios da nossa independência, Santo Antão conta atualmente com 24 médicos, 86 enfermeiros e vários técnicos de outras áreas, nomeadamente de psicologia, fonoaudiologia, nutrição, farmácia, laboratório, fisioterapia, assistente social, dentista, entre outros. No total são 346 trabalhadores de saúde distribuídos pelas estruturas de saúde na ilha.”