Ministério da Saude realiza o IV Congresso Internacional do Envelhecimento ativo e saudável na Ilha do Sal

Enquadrado nas atividades do Dia Internacional do Idoso comemorado anualmente a 1 de outubro, e com objetivo de reunir especialistas para refletir sobre o envelhecimento ativo e saudável no atual contexto, homenagear as pessoas idosas e sensibilizar a sociedade civil sobre a promoção do envelhecimento ativo e saudável, o Ministério da Saúde, através Direção Nacional de Saúde (Programa Nacional de Saude do Idoso) e Delegacia de Saúde do Sal, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Oeste Africanada Saúde (OOAS), Associação Nacional de Gerontologia Social (ANGES), Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria (ESECSIPL) de Portugal, realizou o IV Congresso Internacional “Envelhecimento Ativo e Saudável: Saúde, Segurança e Participação”, na Ilha do Sal, nos dias 4 e 5 de outubro.

O Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Evandro Monteiro que presidiu a cerimonia de abertura em formato virtual, nesta terça-feira 04, afirmou que em 2019, à nascença a esperança média de vida dos cabo-verdianos era de 73,00 anos (segundo os dados do INE), ligeiramente acima da média mundial, que rondava os 72,8 anos e muito acima da média do nosso continente e quando se fala da esperança média de vida saudável este valor diminui para os 64,8 anos, mas ainda assim acima da média africana que se situa por volta dos 56 anos e igual à média global.

“Isto quer dizer, que além de vivermos mais anos, hoje vivemos com mais saúde e mais qualidade de vida que antigamente” afirmou.

Com isso reforçou que o objetivo não é apenas adicionar mais anos à nossa vida, mas acima de tudo dar mais vida e qualidade a esses anos.

Por isso disse que de um modo geral, tem-se alcançado este objetivo através de melhorias substanciais dos serviços e cuidados de saúde essenciais; no aumento da cobertura dos serviços de saúde; nos ganhos alcançados na saúde reprodutiva, na saúde materna, neonatal e infantil; bem como através dos avanços consideráveis registados na capacidade de prevenir, diagnosticar e tratar as doenças transmissíveis, como o HIV-SIDA, tuberculose e paludismo.

Segundo reforçou ainda os sistemas de saúde em todo mundo, e Cabo Verde não tem sido exceção, têm se deparado cada vez mais, os impactos do envelhecimento da população, que em muitos casos se traduzem, infelizmente, pelo aumento das doenças crónicas e degenerativas, como as cardiovasculares no geral, as oncológicas, a diabetes, etc.

Assim, Evandro Monteiro, Secretário de Estado Adjunto da Saúde concluiu que o Ministério da Saúde através do Programa Nacional de Saúde do Idoso, tem desenvolvido várias estratégias de políticas de Saúde para pessoas idosas, com resultados que têm impacto direto no desenvolvimento do SNS e principalmente na vida das pessoas idosas, dos seus familiares e dos seus cuidadores, nomeadamente elaboração do Protocolo de Atenção Integrada à Saúde da Pessoa Idosa, previsto para o horizonte 2018-2023 e a implementação desta estratégia no país e a respetiva capacitação de vários profissionais de saúde e cuidadores para a sua efetiva implementação o desenvolvimento de um caderno da pessoa idosa e de materiais de informação e sensibilização específicos sobre o envelhecimento ativo e saudável entre outras iniciativas.

Na sessão de abertura ainda discursaram o Representante da OMS em Cabo Verde, Daniel Kertesz, o Representante do Organização Oeste Africana da Saude, e o Presidente da Câmara Municipal do Sal Júlio Lopes. Contou também com um momento cultura protagonizado por atuações musicais do grupo de idoso da ilha e poesia de crianças sobre a terceira idade.

O IV Congresso Internacional do Envelhecimento ativo e saudável decore alinhado com o lema das celebrações deste ano do Dia Mundial da Pessoa Idosa (2022) que é “Resiliência das pessoas idosas num mundo em mudança”, sendo uma oportunidade para realçar e recordar o importante papel que as pessoas idosas desempenham na resposta aos desafios globais e contribuir para soluções com resiliência e coragem. O dia é também uma oportunidade para chamar a atenção sobre a importância de não deixar ninguém para trás, incluindo as pessoas mais idosas, no contexto da declaração de 2021-2030 como a Década das Nações Unidas para um Envelhecimento Saudável. Ainda este dia, apela à ação e à oportunidade para realçar as vozes das pessoas idosas, destacar a sua resiliência e contribuições para a sociedade, promovendo ao mesmo tempo, diálogos políticos visando melhorar a proteção dos direitos humanos das pessoas idosas e reconhecer as suas contribuições para o desenvolvimento sustentável.