Ministério da Saúde quer contar com o envolvimento das pessoas para a eliminação da dengue no país
O Ministério da Saúde, através da Coordenadora das Respostas a Epidemia da Dengue e Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Maria da Luz Lima avançou hoje que esperam contar com a colaboração comunitária para a eliminação da dengue, através da eliminação dos viveiros de mosquitos nas casas e Comunidades.
Maria da Luz Lima falava à imprensa, na saída da reunião de Coordenação e Avaliação da Situação epidemiológica de dengue em Cabo Verde, realizada esta manhã e presida pela Ministra da Saude Filomena Gonçalves, na presença de dois consultores Internacionais da OMS que se encontram no país para apoiar as equipas nacionais a aprimorar as respostas a esta epidemia.
A presidente do INSP referiu que o segredo está no envolvimento comunitário, no sentido de trabalharem em conjunto para evitar a existência de viveiros dos mosquitos, nomeadamente bidões, pneus, tanques e, também, vasos de planta.
“É um desafio que tem de ser enfrentado pelas famílias e pelas comunidades, porque os mosquitos estão nas nossas casas, quem habita nas nossas casas, somos nós. Então o plano se baseia, sobretudo, no reforço da luta anti-vectorial, na comunicação de risco, e também na responsabilização”, afirmou.
Maria da Luz Lima reconheceu que apesar de se registar uma diminuição de casos nas últimas semanas, graças as intervenções já realizadas, é preciso não baixar a guarda pois o objetivo é ter zero caso de dengue no país. A responsável reforçou que o foco será na eliminação das larvas dos mosquitos e prometeu, nos próximos tempos, intensificar o contacto com as pessoas e comunidades, a fim de perceberem que a dengue só existe porque existe a larva de mosquitos.
Do encontro com os especialistas internacionais garantiu que saíram algumas recomendações, nomeadamente a introdução de um novo produto para a reforço da luta biológica contra os mosquitos (BTI), ter um dia D da Dengue, reforço da vigilância nos pontos de entrada para evitar outras variantes de dengue, nomeadamente DNV2 e DENV4.