São Vicente: Mindelenses vestem-se de rosa e caminham pela 12ª vez pela prevenção do cancro da mama
Mindelo, 30 Out (Inforpress) – Alguns mindelenses e na maioria mulheres participaram hoje, no Mindelo, na caminhada rosa promovida pela 12ª vez pela Liga Cabo-verdiana Contra o Cancro (LCCC) para a sensibilização e prevenção contra o cancro da mama.
Entre as centenas, que acordaram hoje com a preocupação de estarem atentos ao cancro da mama, encontrava-se Jorge dos Reis, para quem essencialmente a marcha é de prevenção e de chamada de atenção de todos.
Segundo o mesmo, já sentiu os efeitos da doença “na pele e na alma” por ter perdido a esposa há já alguns anos devido a um cancro.
“Espero que haja mais pessoas e homens a participar, mas, também alertar outras pessoas para fazer testes, agir precocemente e diagnosticar para não chegar ao momento de ser tarde”, aconselhou.
A jovem Soraia Mártir acredita ser uma “causa nobre”, não só para as mulheres, mas, também para os homens, e disse ter decidido participar para poder dar o exemplo e estar junto com as outras pessoas nessa luta.
Entretanto, Soraia Mártir admitiu que não tem feito o exame da mama regularmente, mas que, asseverou, vai passar a fazer.
Aliás, um conselho frisado pela presidente da LCCC, Conceição Pinto, que fez a comparação com o início das acções da instituição há 13 anos, quando os cabo-verdianos “não tinham nenhum conhecimento sobre cancro da mama, quanto mais do problema que representava para o País”.
“O que nos conforta hoje em dia é ver que todo o Cabo Verde está mobilizado nesta luta, o que quer dizer que a população tem recebido e captado as informações e vão se dando conta que é um problema grave”, considerou a responsável, partilhando os louros com outras instituições ligadas ao combate que vêm aparecendo.
No entanto, Conceição Pinto realçou ser preciso melhorar “cada vez mais” os cuidados a nível de prevenção e também de assistência no tratamento a este tipo de cancro que “mata mais mulheres” no País, assim como no resto do mundo.
“A diferença é que em muitos países já existem muitos equipamentos para o diagnóstico, mas, aqui em Cabo Verde, infelizmente, ainda existem muitas mulheres, cujas doenças são diagnosticadas tardiamente e não tiram proveito dos recursos terapêuticos existentes no País”.
Por isso, segundo a mesma fonte, é uma questão da população e dos profissionais de saúde para “estarem atentos, diagnosticar e encaminhar atempadamente”.
A caminhada rosa, que encerra as actividades da liga neste “Outubro-Rosa”, teve arranque, no Mindelo, na sede da LCCC, Avenida 12 de Setembro, passando pelas zonas de Ribeira Bote, Mercado de Ribeirinha, Fonte Inês, Cruz João Évora, Fonte Meio, Avenida Alberto Leite e por fim praia da Laginha.
LN/ZS
FONTE: Inforpress/Fim