RSSN recebe ato central do dia Mundial da Segurança do Doente
Assomada, 20 Set (Inforpress) – A médica de saúde pública, Yorleydis Rosabal, da Direcção Nacional da Saúde (DNS), destacou hoje, em Santa Catarina, o “papel essencial” dos pacientes, familiares e cuidadores na segurança de cuidados de saúde, que se quer “justos e acessíveis”.
Yorleydis Rosabal falava em representação da Directora Nacional da Saúde no acto central das comemorações do Dia Mundial da Segurança do Doente, que se assinalou no passado dia 17, sob o lema “Envolver os doentes para a segurança dos doentes”, organizado pela DNS, através do Programa Nacional de Segurança do Doente.
Além do acto central de hoje em Santiago Norte, no município de Santa Catarina, visando envolver o doente e a família nos cuidados, a efeméride vem sendo comemorado com várias actividades a nível nacional, as quais iniciaram-se em inícios e setembro, com palestras, webinar e visitas domiciliares.
Segundo disse, tendo em conta que o primeiro passo é não causar danos na prestação de cuidados médicos e de enfermagem, lembrou que a segurança do doente é uma componente essencial no reforço do sistema de saúde para se alcançar a cobertura nacional e sobretudo os cuidados de saúde seguros.
Contudo, esta responsável notou que este propósito exige que os utentes sejam informados, envolvidos e tratados como parceiros nos seus próprios cuidados.
“Os pacientes, familiares e prestadores têm um interesse pela sua própria saúde e das suas comunidades, e para tal deve existir uma sinergia forte de comunicação e participação efectiva de todos os envolvidos”, disse
O Dia Mundial da Segurança do Doente, segundo Yorleydis Rosabal, reforça a importância do papel da envolvência dos doentes, cujo lema deste ano vai ao encontro dos objetivos do Ministério da Saúde, que é “dar voz ao doente, bem como as suas famílias e cuidadores”.
“Cada vez mais os pacientes passam de um papel passivo para um papel mais ativo de parceiros dos profissionais de saúde nos cuidados de saúde. Além disso reconhece-se que o cuidado deve ser centrado na pessoa, o doente, se realmente queremos salvaguardar e garantir a cobertura universal de saúde”, constatou a médica.
Nesse sentido, notou que esta mudança de paradigma é de “grande importância” para se alcançar a melhoria na qualidade do cuidado e na segurança do paciente, não obstante reconhecer que ainda existem desafios.
Tendo em conta que, segundo ela, o Ministério da Saúde quer que haja menos eventos adversos no tratamento dos doentes no país, o mesmo está a trabalhar na implementação de soluções assertivas com serviços e programas de saúde que privilegiam a melhoria da qualidade na prestação do cuidado do doente e com papel mais activo neste processo.
Prevê-se ainda avançar com a estratégia nacional para a qualidade na saúde, entendida como um a estratégia global, integrada e abrangendo todas as estruturas de saúde públicas e privadas na prestação de cuidados.
“O Governo está comprometido em continuar a promover a melhoria contínua do acesso ao serviço de saúde de qualidade dos cuidados em todos os níveis de prestação, bem como o direito dos doentes e das famílias (…)”, comprometeu-se Yorleydis Rosabal, que falava em representação da directora Nacional da Saúde, Ângela Gomes.
O evento contou também com as intervenções da coordenadora do Programa de Segurança do Doente, Edite Silva, e do director da Região Sanitária Santiago Norte (RSSN), João Baptista Semedo, que, na ocasião, notou que o lema deste ano relembra que não se pode esquecer e colocar de parte o doente durante o processo de prestação de cuidados.
João Baptista Semedo, que se congratulou com a escolha da região para acolher o acto central do Dia Mundial da Segurança do Doente, acrescentou que o doente tem vez e voz e deve ser tido em conta por parte dos prestadores de cuidados durante todo o contacto com o serviço de saúde.
Paralelamente ao evento que teve lugar na sala de reuniões do Gabinete Técnico da Região Sanitária Santiago Norte (RSSN), em Achada Falcão, Santa Catarina, realizou-se um atelier sobre as “seis metas internacionais da segurança do doente” destinado aos profissionais da RSSN.
FM/AA
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