Região Sanitária Santiago Norte promove marcha para chamar atenção da importância da doação de sangue
Assomada, 18 Jun (Inforpress) – A Região Sanitária Santiago Norte (RSSN) promoveu hoje em Assomada, Santa Catarina, uma marcha para chamar atenção da população sobre importância da dádiva de sangue.
A iniciativa, para celebrar o Dia Mundial do Doador de Sangue, assinalado no passado dia 15 de Junho, sob o lema “doe sangue, doe plasma, partilhe a vida, partilha com frequência”, cujo acto central teve como palco Assomada, culmina com o tradicional encontro de doadores de sangue dos seis municípios que compõem a região Santiago Norte.
Em declarações à imprensa, o director da RSSN, João Baptista Semedo, explicou que a marcha, que levou doadores de sangue e profissionais de saúde de toda a região às principais artérias da cidade de Assomada, teve como objectivo chamar a atenção da população sobre a dádiva voluntária de sangue.
A RSSN, segundo este responsável, pretende ainda com esta iniciativa alertar a população que as estruturas de saúde precisam de sangue para funcionar, sobretudo, por ser um produto que não é vendido, ou seja, não se encontra em nenhum lugar.
João Baptista Semedo, que insistiu que é só através da dádiva voluntária do sangue que se pode obter este produto, notou que “qualquer de nós podemos precisar em algum momento da nossa vida do sangue como produto terapêutico”.
Na ocasião, esclareceu que para se tornar um doador voluntário de sangue não é preciso muita coisa, ou seja, informou a pessoa deve simplesmente contactar um serviço de saúde e ter mais de 18 anos, e que após a análise dos profissionais vai saber se está em condições de ser um doador ou não.
Relativamente ao Banco de Sangue do Hospital Regional de Santiago Norte, não obstante, terem inscrito mais de 2.000 doadores, assinalou que o número de pessoas que fazem doação de sangue com muita regularidade tem diminuído.
“Neste momento, só 50 por cento (%) das transfusões sanguíneas são directamente dos doadores e a outra 50 % é dos familiares”, revelou, lembrando que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda doação voluntária em vez de familiares por ser “mais segura”.
Na ocasião, João Baptista Semedo, que lembrou que os doadores voluntários de sangue beneficiam de um conjunto de incentivos, como isenções nas prestações de serviços quer nos hospitais e centros de saúde, defendeu que o País tem que trabalhar para que no futuro estes “heróis” venham a ter um estatuto.
“Tenho o prazer enorme em doar sangue, porque é algo que não dói e que me beneficia ao mesmo tempo, tendo em conta que vou produzir novo sangue e vou estar a salvar outras vidas”, afirmou a doadora voluntária de sangue de Santa Cruz Angelina Correia à imprensa, em Assomada, à margem da margem para assinalar o Dia Mundial do Doador de Sangue.
Segundo esta benévola do grupo sanguíneo O +, e que doa sangue desde 2011, considerando que os doadores voluntários de sangue são chamados de “heróis”, por estarem a salvar vidas, pediu maior valorização e incentivos aos que são mais vulneráveis e que estão desempregados, tendo em conta que para doar sangue as pessoas têm que estar em condições para tal.
A mesma fonte, que lamentou o facto de estes voluntários serem lembrados só por altura do Dia Mundial de Doadores Voluntários de Sangue, manifestou a intenção dos doadores de sangue de Santiago Norte em criar uma associação.
Angelina Correia defendeu ainda que o País deve trabalhar na criação de um estatuto visando valorizar e reconhecer estes doadores voluntários de sangue.
FM/JMV
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