“É um prazer estar aqui para testemunhar que de facto a comunidade terapêutica abriu as portas para responder aos anseios da população” – Filomena Gonçalves
A Ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, visitou na tarde desta quinta-feira (09), a Comunidade Terapêutica de Ribeira de Vinha, em São Vicente, que entrou em funcionamento em pleno no mês de fevereiro, já conta com 11 internados em tratamento provenientes das ilhas de São Vicente, Santo Antão e Sal.
A visita teve como objetivo se inteirar sobre o funcionamento da estrutura de saúde, que dá resposta a toda região de barlavento em matéria de tratamento dos toxicodependentes, mas concretamente em regime de internamento, para num processo de recuperação e reinserção social.
A Ministra da Saúde ficou muito satisfeita com o que viu e ouviu relativamente ao funcionamento do centro “É um prazer estar aqui para testemunhar que de facto a comunidade terapêutica abriu as portas para responder aos anseios da população. Nós já vimos aqui os internos e é com muita satisfação saber que estamos a criar as condições para darmos respostas às pessoas que precisam. Nós acreditamos que esta comunidade irá dar respostas às pessoas que precisam, às suas famílias a nível do Barlavento. E é com muita satisfação saber que, em menos de um mês, já temos internos da ilha de São Vicente e de Santo Antão e do Sal”, afirmou a Governante.
Para Filomena Gonçalves, as pessoas que estão internadas no centro “Servirão de exemplo de que sim é possível, tendo oportunidades e força de vontade”, poís vão conseguir, de facto, se libertar da mazela da dependência, ter oportunidades de vencer os desafios e ter uma orientação profissional para quando saírem consigam contribuir para as suas vidas, para as suas famílias e para comunidade cabo-verdiana.
A titular da pasta de saúde, aproveitou, ainda, para lançar um apelo a nível nacional, às famílias e à sociedade no sentido de “colocar em agenda” a questão do consumo de produtos tóxicos, questão de princípios e valores e de equilíbrio da família, que é fundamental, e a questão de educação, lembrando que “as escolas instruem e as famílias educam”.
“Temos que ver que, se juntarmos as forças, e tentarmos educar e sensibilizar em termos de consumo excessivo do álcool e outros produtos tóxicos, do consumo excessivo do açúcar e do sal nós estaremos a prestar um bom trabalho para que o nosso País, daqui a 10, 15 ou 20 anos, possa estar com melhor saúde, mais esperança de vida, mais equilíbrio e famílias estruturadas” concluiu.
O centro vai permitir aos residentes o internamento num período, de três a seis meses, para tratamento e depois a reinserção social. A Comunidade Terapêutica de Ribeira de Vinha é o segundo a nível do país, e contou com o investimento do Governo de Cabo Verde e do Fundo do Kuwait.