DNS capacitaassistente de médico-dentista em normas de esterilização
Tendo em conta a importância de os profissionais de saúde estarem sempre atualizados em relação às últimas atualizações e recomendações no tocante a prática profissional, a Direção Nacional da Saúde através do Programa Nacional de Saúde Oral em parceria com a OMS realizou neste mês de dezembro uma capacitação dos técnicos assistentes de Médicos-dentistas em matéria de normas e esterilização.
O objetivo foi de aprimorar os conhecimentos, contribuir para a reorganização das ações de esterilização existentes no país e melhorar os serviços públicos de esterilização na parte de Saúde Oral, no contexto de covid-19. A sessão de abertura da formação que contou com mais de 26 profissionais foi presidido pelo Diretor Nacional da Saúde, Jorge Noel Barreto.
Nos últimos anos, é notório o esforço que o Ministério da Saúde tem desenvolvido para promover uma maior integração da Saúde Oral nos cuidados primários da saúde, com o recrutamento e a afetação de Médicos-dentistas em alguns centros de saúde do país. De destacar, ainda, a incorporação de equipamentos de estomatologia em várias delegacias e centros de saúde nas ilhas.
O último estudo realizado nas crianças em Cabo Verde (campanha de visita de saúde escolar, 2013), indica que o principal problema de saúde oral das crianças são as cáries dentárias (53,1%), atingindo alunos do 1º e 6º ano do ensino básico. Quanto aos adultos, de acordo com o Segundo Inquérito (IDNT II-2020) 40,8% da população declararam ter consultado um dentista mais de 2 anos, 18,8% declararam nunca ter ido a um dentista, e 91,0% declararam limpar os dentes pelo menos duas vezes ao dia.
Uma boa saúde oral é uma das condições essenciais para se viver bem, pois é fundamental para respirar, comer, engolir, falar e mesmo sorrir. O comprometimento destas funções pode interferir seriamente com a capacidade de interagir com os outros, frequentar escola e trabalhar.
Na Região Africana da OMS, a má saúde oral faz com que milhões de pessoas sofram de dores extremas, aumenta os encargos financeiros para a sociedade, resultantes dos pagamentos diretos feitos pelos utentes e afeta gravemente a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas.
Segundo a OMS, as doenças orais estão entre as Doenças Crónicas Não Transmissíveis (DNT) preveníeis mais comuns, cujos os fatores de risco são modificáveis. Estas, estão condicionadas a determinados fatores que limitam o acesso a cuidados de saúde, nomeadamente um baixo nível socioeconómico. Desta forma, grande parte da população recorre aos serviços de saúde oral apenas em casos de emergências (extração dentária), desconsiderando as indicações preventivas.