Cabo Verde nos últimos anos conseguiu fazer um trabalho notório no combate ao VIH/SIDA
A afirmação foi feita pelo Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Evandro Monteiro, durante o ato central para assinalar o Dia Mundial de Luta contra sida assinalado hoje 01 de dezembro, na cidade da Praia.
Segundo avançou, o país consegui diminuir a taxa de sero-prevalência nos últimos 10 anos, em cerca de 25% e estes são dados importantes e significativos que traduz uma resposta assertiva a situação de HIV/Sida em Cabo Verde.
“É preciso compreender que sendo Cabo Verde um país de rendimento médio-baixo, com uma sociedade reconhecidamente suscetível às vulnerabilidades e desigualdades sociais, este soube desde cedo adotar políticas e medidas de relevo e coordenadas, que fizeram com que a nossa taxa de sero prevalência do VIH/SIDA baixasse em cerca de 25%, de 0,8% em 2005 para 0,6% em 2018, sendo 0,7% nas mulheres e 0,4% nos homens (dados do III Inquérito Demográfico e de Saúde Reprodutiva, que foi realizado em 2018 pelo Ministério da Saúde, em parceria com o INE).”
Relativamente a transmissão vertical, o Secretário de Estado considerou que o país também tem dado uma boa resposta, baseado em grandes investimentos feitos para equipar as estruturas de saúde com equipamentos altamente sensíveis para a deteção do vírus, a criação de protocolos terapêuticos nas estruturas hospitalares de resposta permitindo que, de uma forma célere, também se possa fazer o tratamento adequado em casos de necessidades.
A taxa de prevalência da transmissão vertical do VIH a nível nacional é de 0,1%. Segundo avançou ainda o objetivo do governo é alcançar o certificado de país “sem transmissão vertical do VIH” até 2023 e esta é uma meta que vai de encontro com um dos princípios fundamentais que o país defende que é não deixar miguem para traz, mas sobretudo salvaguardar a segurança sanitária nacional.
Questionado sobre as campanhas de comunicação sobre o VIH/SIDA para manter a população alerta sobre este assunto, Evandro Monteiro considerou que a sensibilização da população está sendo feito não só na comunicação social, mas também há um trabalho de proximidade nas comunidades através da promoção da saúde envolvendo as estruturas de saúde da atenção primária, a sociedade civil e os parceiros que segundo frisou, tem feito um trabalho meritório da prevenção e sensibilização contra o vih/sida.
O Ato Central para assinalar o Dia Mundial de Luta Contra o VIH/SIDA, foi promovido pelo Comité de Coordenação e Combate ao VIH/SIDA (CCSSIDA) que aliás tem programado um leque de atividades ao logo deste mês de dezembro, um pouco por todo o país, para assinalar a efeméride.
Nesta cerimónia para assinalar o Dia Mundial de luta contra o VIH/SIDA, também intervieram a Secretária Executiva do CCSSIDA, Maria Celina Ferreira, O Presidente da Associação dos Municípios de Cabo Verde, Hermínio Fernandes, em Representação do Escritório Conjunto das Nações Unidas, Paula Maximiano, e a Rede Nacional de pessoas que vivem com o VIH, Josefa Rodrigues. O ato contou ainda com atuação do grupo de batucadeiras “tradison di terra” e do grupo teatral dos ativistas da Associação Nos Saúde.