Banco Mundial tem nova Diretor Regional incluindo Cabo Verde onde o objetivo é apoiar o crescimento, reduzir o desemprego, a pobreza e a desigualdade
A japonesa Keiko Miwa tomou posse ontem, dia 1 de março, como nova Diretora do Banco Mundial para Cabo Verde, Senegal, Mauritânia, Gâmbia e Guiné-Bissau. A cerimónia decorreu em Dacar, sede da referida instituição para a região da África Ocidental e Central.
Doutorada em Política Educacional e Estudos Administrativos pela Universidade Estatal de Nova Iorque, Miwa terá como responsabilidades a supervisão do diálogo político e dos compromissos estratégicos do Banco Mundial com os governos dos 5 países, principais stakeholders e parceiros de desenvolvimento. “Será ainda responsável pelo reforço da carteira de estudos analíticos e compromissos de empréstimo que produzam resultados à escala, incluindo o reforço da colaboração com a Corporação Financeira Internacional (IFC) e a Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA)”.
De salientar que o Banco Mundial, constitui um dos parceiros importante do Governo de Cabo Verde, em diversos projetos para o desenvolvimento do país, cujo objetivo é ajudar o governo a sustentar níveis elevados de crescimento e reduzir o desemprego, a pobreza e a desigualdade.
O Banco Mundial foi um parceiro-chave na resposta à COVID-19. Este apoio incidiu sobretudo no Projeto de Resposta de Emergência à COVID-19 atuando na Prevenção, Preparação e Resposta de Emergência à COVID-19, Reforço das capacidades de deteção de casos de COVID-19 e da gestão clínica a nível central e regional bem como na compra das vacinas contra a covid19 e na implementação integrada do plano de introdução da vacinação no país, para além do apoio emergencial aos agregados mais vulneráveis, e apoio no processo de reabertura do turismo internacional e na retoma económica.
Cabo Verde foi o primeiro país africano a receber apoio direto do Banco Mundial para a aquisição das vacinas. Em 11 de fevereiro de 2021, o Banco Mundial (BM) tinha aprovado um financiamento adicional de cinco milhões de dólares americanos para um fornecimento justo e acessível de vacinas da COVID-19 para Cabo Verde.
Este financiamento apoiou o país na compra de cerca de 400.000 doses da vacina para COVID-19, bem como na compra de equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas, fatos de proteção, etc., de modo a garantir a proteção dos profissionais da saúde na implementação eficaz da campanha de vacinação, para além de possibilitar a compra de equipamento e o processo de transporte e armazenamento em cadeia de frio das vacinas.
Da avaliação realizada ao país pela equipa a avaliadora, Cabo Verde foi considerado um caso de sucesso e um exemplo a seguir, pelo Banco Mundial na gestão da pandemia de Covid19 e na campanha de vacinação que alcançou um dos melhores indicadores de África com mais de 85% da população vacinada com duas doses da vacina.
A participação do Banco Mundial em Cabo Verde é atualmente orientada pela sua Estratégia de Parceria do País (EPP) AF20-25 que foca em acelerar o capital humano para um crescimento inclusivo liderado pelo setor de serviços e fortalecer o ambiente para uma economia mais diversificada.
O investimento do Banco Mundial cresceu significativamente desde 2015 passando de U$ 82,5 milhões para U$ 223 milhões em 2022. As áreas onde os recursos são aplicados são o setor dos transportes, com afetação de U$ 46 milhões (21%), Finanças e Competitividade, Governança, e Macroeconomia, Comércio e Investimento com afetações líquidas de U$ 40 milhões cada e os restantes U$ 87 milhões (40%) do portfolio dedicado ao Desenvolvimento Humano (Saúde, Educação e Inclusão Social) e transformação digital.
Atualmente o portfólio do BM em Cabo Verde inclui 11 projetos nacionais.