A eliminação da transmissão vertical do VIH-SIDA e a meta de acabar com o VIH em 2030 são desafios atuais na luta contra sida em Cabo Verde
Cabo Verde está a trabalhar para obter a certificação da eliminação da transmissão vertical de VIH-SIDA em 2024. Esta Informação foi avançada pela Secretária Executiva do CCS – SIDA, durante o Atelier de Divulgação do V Plano Estratégico de Luta contra a SIDA 2022-2026 que decoreu hoje 09 de setembro na cidade da Praia.
Com o objetivo de partilhar com os diferentes parceiros da implementação, as novas diretivas e orientações na luta contra sida em Cabo Verde, discutir as metas e as orientações e reforçar o apelo e o compromisso de colaboração continuo e mutuo, o CCS-SIDA promoveu o encontro.
A secretária Executiva do CCS-SIDA, Maria Celina Ferreira, disse que durante o encontro foram analisados, os compromissos e a contribuição de cada um para se alcançar a meta e eliminar a transmissão vertical do VIH e acabar com o sida em Cabo Verde no horizonte 2030.
“Está ao alcance de Cabo Verde, é uma responsabilidade de partilhada por todos os autores, incluindo para as pessoas que vivem com VIH, sociedade civil enfim, todos os actores devem fazer o máximo de esforço para que tenhamos zero novas infeções, e para também tenhamos zero descriminação e alcançarmos um Cabo Verde livre de sida”.
Maria Celina Ferreira recorda que para alcançar o objectivo de eliminação da transmissão vertical, “é preciso trabalhar numa base de multissectorialidade, complementaridade e partilha”.
Embora Cabo Verde continua a ser um país com baixa sero prevalência do VIH, o potencia epidémico mante-se presente, razão pela qual o CCS-SIDA entende que as ações de luta devem ser cada vez mais reforçadas com foco principal nos grupos vulneráveis.
Segundo dados avançados, Cabo Verde tem uma taxa de infeção de 0,6%, com maior prevalência nas mulheres (0,7%), enquanto a taxa de transmissão vertical (de mãe para filho), é de 0,1%.
O V Plano Estratégico de Luta contra a SIDA 2022-2026 está orçado em 16 milhões de euros, onde o governo assume com o grosso da contrapartida, cerca de 40%, e o fundo global, o Sistema das Nações Unidas, e também a OMS, contribuem com o restante.