10% da população adulta Cabo-verdiana consume o tabaco diariamente – Secretário de Estado da Saúde
Ao presidir hoje o ato central do Dia Mundial Sem Tabaco, na Cidade da Praia, o Secretário de Estado Adjunto da Ministra da Saúde, Evandro Monteiro, disse que o tabagismo é responsável por mais de oito milhões de mortes preveníveis, a cada ano e que a cada hora morrem aproximadamente 10 pessoas no mundo, direta ou indiretamente, ligado ao uso do tabaco e por suas nefastas consequências.
Segundo avançou o tabagismo é considerado uma verdadeira epidemia, sendo uma das maiores ameaças à saúde pública no mundo, o principal percursor das Doenças Crónicas Não Transmissíveis e constituindo por tanto um enorme fardo do ponto de vista social, económico, cultural e civilizacional em qualquer sociedade.
Nesta mesma senda, Evandro Monteiro disse que Cabo Verde, segundo os últimos dados não foge ao contexto mundial, tendo-se constatado que quase 10% da sua população adulta (dos 15-65 anos) consome esta droga legal e letal. Destes, mais de 70% consomem quase 20 cigarros diariamente.
“Regista-se anualmente, e em média, mais de 100 mortes, quase 1 a cada 3 dias, trazendo custos, diretos e indiretos, na ordem de 1,62 milhões de contos todos os anos ao Estado de Cabo Verde, aos quais necessariamente teremos que acrescentar os custos individuais, familiares e comunitários inerentes”, afirmou.
Falando sobre o lema deste ano que é “Vamos cultivar alimentos, não tabaco”, considerou que o mesmo orienta para uma resposta muito mais abrangente do que focada na saúde humana.
“Este lema dá-nos a oportunidade de pensar e orientar políticas também à saúde ambiental, com reflexos diretos na saúde do nosso planeta e do seu ecossistema.”
Participaram da sessão de abertura deste seminário a Secretária Executiva da Comissão de Coordenação do Álcool e outras drogas, Zania Silva, e Edith Pereira em representação da Organização Mundial da Saúde. Este ano, a efeméride assinalada sob o lema “Cultivemos alimentos, não tabaco’, tendo por finalidade mobilizar os governos para acabar com os subsídios ao cultivo do tabaco e direcionar os recursos economizados para programas de substituição de culturas que ajudem os agricultores a fazer transição e melhorar a segurança alimentar e nutricional.
Esta atividade foi organizada pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) a Comissão de Coordenação do Álcool e outras Drogas (CCAD) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS).