Campanha “Gravidez na Adolescência, Agora Não
Trata-se de uma Campanha lançada em 2018 pela Região Sanitária Santiago Norte (RSSN), com o apoio do Ministério da Saúde (MS), Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Objetivo é sensibilizar e mobilizar a população de santiago norte, principalmente os grupos alvos (adolescentes, pais, encarregados de educação, professores técnicos de saúde, colaboradores das escolas secundarias), para que munidos de informações necessárias possam contribuir para minimizar os riscos associados e combater a este problema social. Prevenir e reduzir a gravidez na adolescência através de ações que proporcionem mudanças de comportamentos constitui o foco desta iniciativa que quer que os adolescentes optem por terem um projeto de vida.
O problema de gravidez na adolescência, segundo a organização, é um problema nacional, indicando que neste momento cerca de 20% das populações das grávidas acontece na idade de adolescência.
Os promotores da iniciativa lembram, entretanto, que a nível de região Santiago Norte a “situação é mais complicada”, porque, sublinham, a maioria dos municípios encontram-se acima da média nacional, que é 20%.
De acordo com o Diretor da Região Sanitária Santiago Norte, João Baptista, Santa Cruz é um dos municípios com mais elevada taxa a nível da região, embora esteja, segundo ressalvou, mais engajado na campanha para reverter a situação.
Para o representante da Organização Mundial da Saúde, Mariano Salazar, a região sanitária e a OMS estão a apostar na resolução deste “grande problema” de saúde pública, fazendo uma “grande abordagem” logística, participativa, profissional e técnica neste contexto e que estão com interesse não só em acompanhar como também em apoiar técnica e financeiramente.
Gravidez na adolescência é toda gravidez que ocorre na idade entre os 10 e os 19 anos.
é considerada uma gravidez de alto risco decorrente das preocupações que traz à mãe e ao recém-nascido e das consequências que podem acarretar a diversas ordens, nomeadamente biológicos, sociais, económicas e emocionais:
- -Pode causar problemas psicológicos;
- -Aumenta o numero de abortos;
- -Aumenta números de infeções sexualmente transmissíveis (VIH/sida e outros);
- -Aumenta casos de gravidez de risco;
- -Riscos de complicações de saúde para o bebé e para a mãe;
- -nascimento prematura e mortalidade materna;
- -Dificuldades de ordem económica;
- -Perda prematura da condição de adolescente;
- -Pode provocar interrupção de sonhos, estudos, e projeto de vida;
- -Pode levar atraso ou abandono escolar;
- -Pode causar instabilidade nos relacionamentos (com o namorado, com os pais e entre os pais).
A RSSN tem identificado os diferentes parceiros e sectores que deverão trabalhar em conjunto para a prevenção da gravidez na adolescência através de adoção de medidas educativas e assegurando o acesso a informações e meios contracetivos.
De acordo com os dados da RSSN, trata-se de um problema a ser enfrentado pois somente no ano de 2016 a região registou uma taxa de 20,7% enquanto que a nível nacional a mesma taxa foi de 20,4%.
Para se prevenir e evitar será preciso a adoção de algumas medidas tais como:
- -Informar sobre a sexualidade e o funcionamento do corpo;
- -Adiar o inicio da relação sexual;
- -Não ceder a pressão de pares;
- -Dizer não quando não se sente preparado/a;
- -Evitar o uso de álcool e outras drogas;
- -Ter um projeto de vida focado nos estudos/formação;
- -Usar métodos contracetivos como por exemplo preservativos e outros, para aqueles que decidirem iniciar a relação sexual.
Em caso de uma adolescente ficar grávida deve:
- -Informar o parceiro e os familiares;
- -Dirigir-se a um serviço de saúde;
- -E continuar os estudos.
Tabela: Gravidez em menores de 19 anos nas consultas Pré-natais, por concelho, 2013 a 2017