Direção Nacional da Saúde realiza Atelier com as partes interessadas nacionais na fortificação dos alimentos
A Direção Nacional da Saúde através do Programa Nacional da Nutrição em parceria com o projeto de fortificação alimentar em grande escala na Africa Ocidental organizou no dia 14 de junho, um encontro de sensibilização e mobilização reunindo todas as partes interessadas na fortificação dos alimentos em Cabo Verde. O principal objetivo deste encontro foi realizar um ponto de situação na área da fortificação alimentar e discutir as possíveis soluções para reduzir as carências em micronutrientes fundamentais para a saúde pública.
As discussões permitem rever os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças relativas a área de fortificação alimentar. Na sequência, uma advocacia com as partes interessadas está a ser desenvolvida para a criação duma Aliança Nacional para a Fortificação dos Alimentos em Cabo Verde visando promover a colaboração e a comunicação mútua, a fim de assegurar um controlo eficaz dos alimentos enriquecidos e garantir a saúde pública.
A sensibilização das partes interessadas irá garantir o funcionamento sustentável da Aliança Nacional para a Fortificação dos Alimentos em Cabo verde.
A Directora Nacional da Saúde na sua intervenção de abertura destacou os ganhos que Cabo Verde tem registado em matéria de fortificação alimentar, mas reconheceu a necessidade de se reforçar as alianças e os sistemas para a maximização de “políticas assertivas”.
Ângela Gomes disse que os dados indicam que a África Ocidental registou progressos na fortificação dos alimentos, obrigando à adição de ferro e folato à farinha de trigo, vitamina A ao óleo vegetal e iodo ao sal, referindo que Cabo Verde não foge a regra, e que para combater essas carências nutricionais tem sido implementadas algumas estratégias, com destaque para a fortificação alimentar
“Nós já fizemos um caminho muito importante neste sentido, até porque nós já reduzimos a prevalência da anemia e de outras hipovitaminoses, nomeadamente a hipovitaminose A e também a carência do iodo, que já não é um problema de saúde pública em Cabo Verde, mas ainda é um longo percurso que nós temos que fazer e é necessário reforçar os nossos sistemas”, reconheceu.
Recorda-se que esta iniciativa foi possível graças ao apoio técnico e financeiro da Catholic Relief Services (CRS) através do seu projeto de Fortificação Alimentar em Grande Escala na África Ocidental, financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates e pelo Ministério Federal Alemão de Cooperação Económica e Desenvolvimento (BMZ) via GIZ, juntando esforços com o UNICEF que vem apoiando o país nesta área, desde o início da fortificação alimentar.
As partes interessadas reafirmaram os seus compromissos de trabalhar em colaboração para melhorar a saúde nutricional da população cabo-verdiana e continuar os seus esforços para eliminar as deficiências de micronutrientes no país.
Sobre a ANFA: A Aliança Nacional para a Fortificação de Alimentos (ANFA) é uma coligação das instituições dos setores públicos, privados, sociedade civil e organizações não governamentais que trabalham em conjunto para melhorar a qualidade nutricional dos alimentos. A ANFA visa combater as deficiências de micronutrientes, promovendo a fortificação de alimentos essenciais como sal e farinha de trigo com vitaminas e minerais essenciais.
EM DESTAQUE EDITORIAL DA SEMANA
DIREÇÃO NACIONAL DA SAÚDE
E PARCEIROS PUBLICO-PRIVADOS
em estratégica ação aliada na CEDEAO, pela fortificação dos alimentos em Cabo Verde
Como foi convenientemente noticiado, Cidade da Praia foi, entre 10 a 14 de junho últimos, palco duma Missão que culminou, na sexta-feira passada, no Atelier de partilha e diálogo representativamente da grande escala de trabalhos pretendidos entre parceiros da sub-região ocidental africana, convergidos em esforços de fortificação dos alimentos com vitaminas e minerais, com particular adição ao ferro e folato, à farinha de trigo, vitamina A, ao óleo vegetal, iodo ao sal.
Em balanço dos destaques da semana finda, despertou a convicção editorial, assumir-se uma opinião sobre o estimulante valor do tema do evento em apreço, pela actualidade que os irrecusáveis desafios da sustentável alimentação para África e para Cabo Verde em conreta referência suscitam. Quando, numa alusão mais aberta da agenda de preocupações que atravessam subsequentemente as comunidades humanas, se se depara com a realidade que aponta para cerca dum terço das pessoas no mundo esteja desnutrida ou com excesso de peso. O que provoca, por todo o lado, o já irrespirável aumento das incidências de doenças e pressões sobre os serviços de saúde – isto segundo o Relatório Nutrição Global publicado recentemente por especialistas independentes, com o apoio do Programa Mundial de Alimentos (PMA), das Nações Unidas.
Como prova dos consentâneos trabalhos que têm sido desenvolvidos, desta feita o meeting da Praia, optou pelo género em concentrado Atelier de múltiplos parceiros, ao longo do dia 14 de Junho, sob o intencional encorajamento do Ministério da Saúde, a par da especializada participação de equipas de diversas instituições. Alilás, recorde-se que esta mesma iniciativa tem sido possível graças ao apoio técnico e financeiro da Catholic Relief Services (CRS) através do seu projeto de Fortificação Alimentar em Grande Escala na África Ocidental, financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates e pelo Ministério Federal Alemão de Cooperação Económica e Desenvolvimento (BMZ) via GIZ, juntando esforços com o UNICEF que vem apoiando o país nesta área, desde o início da fortificação alimentar.
O encontro merece a devida relevância, precisamente por se tratar duma iniciativa que percorre a escala dos 15 Estados-Membros da CEDEAO para potenciar, junto dum corpo de parceiros, entre 2023 e 2024, uma força de estratégia aliada na luta contra as deficiências de micronutrientes. Para o domínio em apreço, o atelier da Praia só veio evidenciar da importância que realmente merece o juntar de todo o tipo de esforços públicos-privados, para práticas que garantam e melhorem cuidadosamente a segurança alimentar das populações. Portanto, essas práticas associadas vêm de encontro à sustentação do melhor agir com medidas de políticas capazes de conduzir ao uso consciente e criterioso dos recursos naturais não renováveis, suportados, outrossim, com a diversifcação da cultura, redução de fertilizantes quimicos, em ordem do emprego de mat+eria orgânica no solo, dentre outros.
Pois, os tempos são de evidentes inquietações à volta da dimensão alimentar que pelo menos amplie as conquistas de bem-estar em vez do rectrocesso em tantos paísese pelo mundo. E a nossa subregião da CEDEAO, tem profundas debilidades, com um incontornável estado subnutricial, com maior incidência nas crianças, nas raparigas, nas mullhueres, na categoria da terceira idade. Mulhões são aqueles que vivem muito a baixo do limiar das condições e qualidade nutricionais exigidas.
Sim, vem a propósito o indiscutível grande valor que projectos do tipo de projecto que esteve em Atelier no hotel praia-mar, cidade da Praia, sexta-feira da semana passada. Por tudo que a iniciativa representa para Cabo Verde em particular, para a CEDEAO no geral: pelos esforços de financiamento, pela abrangência e categoria dos aliados, pelos momentos de partilha de ideias, de verificação da assertividade dos mecanismos e métodos de trabalho, ou, pelo o convergente princípio de que juntos agiremos melhores e teremos mais força no alcançar dos resultados .
Conclusivamente, numa conjuntura igualmente de desafiantes transições (entre elas: energéticas, ambientais, tecnológicas, científicas) para ganhos duma nova sustentabilidade humana – pela nutrição e fortificação alimentar – esse tipo de actuação aliada e de multiplos-sectores só vêm dar mais vida à esperança quanto à rocura de sustentabilidade no presente-futuro das nossas sociedades em partiicular.
Note-se: em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu três ambiciosas metas: acabar com a fome mundial, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição global – tudo até o fim da década. Os pontos integram o objetivo número 2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. Com efeito, nos últimos anos, vários fatores desviaram o mundo desse objetivo pleiteado pela ONU, aumentando os cenários de insegurança alimentar no mundo. Conflitos cada vez mais violentos, crises econômicas e os efeitos da pandemia de Covid-19 se fazem sentir como fatores apontados pela organização como responsáveis pela piora na alimentação mundial.
Reconheça-se que toda intervenção para reformular o modo como pensamos e agimos sobre a desnutrição; as perspetivas sobre a rapidez com que pode ser reduzida e estimular medidas para sua redução, fazem parte, mesmo, deste forte sentido de esperança a que as comunidades humanas têm que ter, para um se alcançar um verdadeiro e continuado melhor momento de vida das pessoas, e de suas famílias, sem exceção, dentro duma nação global.
Nesta linha, em junho de 2022, a Catholic Relief Services ( CRS), em colaboração com a Fundação Bill & Melinda Gates, iniciou a implementação de um projecto de 18 meses que tem centrado principalmente na realização de avaliações de cacpacidade sobre o ecossistema favorável, sistemas e processos implementados pela Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS) através da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) e Alianças Nacionais de Fortificação, com vista a cumprir seus mandatos na adopção das normas da LDSFF (Fortificação Alimentar em Grande Escala).
Aqui está uma coligação de esforços como podemos dar lugar a um novo modelo de sociedade, com a aliança entre nações, de todos e para todos, em cada área de vida humana, social, económica e cultural. Por esta altura, estatísticas embasam que, no mundo, são 3,1 bilhões de pessoas em insegurança alimentar e 783 milhões passando fome, na ótica de dados da ONU.
Não é de só menos importância dar-se conta que a região mais afetada é a África, continente em que um a cada cinco indivíduos sofre de fome. Esse número é mais do que o dobro da média mundial.
Seguramente, o Atelier da Praia aqui em referência põe em exemplificação a estratégia a ser levada em frente, reforçando o que podemos e devemos fazer, na conjunção de esforços. Pois, a sensibilização das partes engajadas é mesmo para garantir o funcionamento sustentável da Aliança Nacional para a Fortificação dos Alimentos, isto na efetiva lutar contra as deficiências de micronutrientes em Cabo Verde como nos demais realidades comunitárias da África Ocidental, no seu todo.
Logo, creia-se num sistema eficaz de atuação: pela parceria público-privada; por um ecossistema favorável no cumprimento das normas; pela promoção dos alimentos fortificados; pelos mecanismos duma comunicação de todos / para todos; e, pelo assegurar dum processo de seguimento e avaliação garante da eficácia de implementação e disseminação.
De coligação positiva e para a eficiência de resultados é o que mais se precisa, garantidamente.