Ministra da Saúde recebe representantes do Projeto Vozes africanas em saúde sexual e reprodutiva
A Ministra da Saúde Filomena Gonçalves, recebeu na tarde desta segunda-feira uma missão do projeto “Vozes Africanas” liderada pela a Prof.ª Myriam Sidibe, que aproveita uma ampla coligação de ‘Vozes Africanas’ para defender a expansão dos direitos e serviços sexuais e reprodutivos na África Subsariana, a partir de março de 2023, incluindo o acesso a cuidados de aborto mais seguros e a redução do estigma relacionado com o aborto, na África Subsariana.
A missão que se encontra em Cabo verde de 11 a 16 de setembro, pretende reunir com as partes interessadas envolvidas no movimento cabo-verdiano de saúde e direitos sexuais e reprodutivos (SDSR) para Iniciar, prosseguir e elevar as conversações sobre a necessidade de melhorar a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos através de entrevistas públicas e eventos na imprensa, combinados com debates privados; Identificar de que forma o projeto Vozes Africanas pode apoiar e impulsionar os movimentos locais existentes em matéria de saúde sexual e reprodutiva e Identificar organizações e influenciadores que farão parte de uma coligação transnacional mais vasta mobilizada em torno da melhoria da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos.
Durante o encontro, a Ministra Filomena Gonçalves, considerou que o projeto apresentado é muito importante sobretudo neste período pós pandémicos em que há necessidade do continente juntar a sua voz para o seu desenvolvimento e neste caso concreto, tem a ver com a saúde reprodutiva.
“Cabo Verde foi selecionado a semelhança da Namíbia e do Níger, para a partilha das boas práticas em termos de promoção da saúde sexual e reprodutiva tendo em conta os indicadores do país. Estamos sempre disponíveis para partilhar as nossas experiências, mas também para aprendermos com os outros países que também tem boas experiências que podemos adotar.
A ministra considerou ainda que um país com um sitema de saúde reprodutiva como prioridade e forte, estará a contribuir para que haja mais segurança, redução da mortalidade materna e infantil, maior desenvolvimento económico e menos doenças sexualmente transmissíveis.
A diretora do Projeto, Prof.ª Myriam Sidibe, informou que abordou com a Sra. Ministra da Saúde, sobre as questões de saúde sexual e reprodutiva, das lições que podem aprender de Cabo Verde dos desafios que precisam ser ultrapassados bem como dos ganhos alcançados pelo país.
“Vamos nos reunir com as instituições, as organizações internacionais, as Nações Unidades, a organizações civil e da sociedade civil, as comunidades, para tentar compreender os jovens e os influenciadores e as comunidades minoritárias como a LGBTI+.
Uma das grandes lições que já podemos tirar hoje, é que Cabo Verde tem em curso uma política de reforma legislativas que é muito avançado, que o torna um dos únicos países em Africa que o permitiu colocar em primeiro plano a saúde da mulher, das meninas.
A saúde sexual e reprodutiva abrange, em termos gerais, a melhoria dos cuidados maternos e neonatais, a prestação de serviços de elevada qualidade para o planeamento familiar, a eliminação de abortos inseguros, o combate às infeções sexualmente transmissíveis e a promoção da saúde sexual.
A desigualdade de género, a pobreza entre as mulheres, a fraca capacidade económica, a violência sexual baseada no género, incluindo a mutilação genital feminina (MGF), são os principais obstáculos à melhoria da saúde das mulheres na Região Africana.