Cabo Verde almeja alcançar a certificação da eliminação da transmissão vertical do VIH e sífilis congénita até 2024
Um desígnio nacional que a Ministra da Saúde Filomena Gonçalves, realçou hoje durante o ato central que assinalou o Dia Mundial de luta Contra a Sida que decorreu na Cidade da Praia.
Segundo a Ministra Filomena Gonçalves, toda a criança merece nascer livre de VIH, e crescer no seio da família, com a mãe viva e saudável, por isso apelou às entidades públicas, privadas e da sociedade civil, que continuem a participar, ativamente, nesta luta e de uma forma sustentável para o alcance do Objetivo da Certificação de Cabo Verde como país livre da Transmissão Vertical do VIH e sífilis até 2024.
“O Governo de Cabo Verde conta todos e de juntos, acabar com as desigualdades, promover a saúde e prevenir a doença”.
Segundo os processos em curso, em 2023 o país será avaliado pela Organização Mundial da Saúde. Realçou ainda que o governo tem estado a trabalhar afincadamente na sensibilização e na disponibilização do tratamento para as pessoas seropositivas, no sentido de baixar o máximo possível o nível de prevalência, e isso tem sindo conseguido pois a Ministra anunciou o caso da Ilha de São Nicolau em que quase 100% das pessoas seropositivas estão com a carga viral indetetável. E segundo disse isto significa que os cuidados primeiros da saúde estão a funcionar e que os profissionais estão a trabalhar juntamente com as pessoas e as famílias na adesão ao tratamento.
A taxa de prevalência do VIH no país é de 0,6% na população geral segundo a Secretária Executiva do CCS-SIDA, Maria Celina Ferreira. Mas em alguns grupos específicos disse que tem uma taxa de prevalência que varia de 2,3 a 6% nomeadamente populações mais vulneráveis que precisa de mais atenção por parte das políticas públicas e das intervenções de prevenção e meios de proteção e de tratamento.
Em Cabo Verde a prevalência do VIH é maior nas mulheres (07%) de que nos homens (0,4%) e segundo a Secretária Executiva do CCSSIDA, isto significa que as mulheres têm mais vulnerabilidades socioculturais e biológicas e merecem toda atenção de prevenção e de abordagem integrada para se reduzir novas infeções em Cabo Verde.
100% das estruturas de saúde do país oferecem um pacote de cuidados de saúde definido que vai desde a informação, aconselhamento, prevenção, ofertas de teste, tratamento, seguimento e acompanhamento psicossocial e quando há vulnerabilidades socioeconómica os serviços de saúde fazem a referenciação às entidades que dão respostas nesta matéria nomeadamente as Camaras Municipais, Ministério da Família e Inclusão Social e ONG’S para tentarem suprir as necessidades socioeconómicas.
Durante o ato central, a Ministra da Saúde entregou ao Presidente de Advic o material de comunicação e informação em Braile sobre o VIHSIDA, como uma das formas de inclusão e de redução das desigualdades.
Este ano, a ONUSIDA elegeu como lema do Dia Mundial de luta contra SIDA, “Equidade Já” no acesso aos cuidados de saúde de VIH-SIDA. Este lema surge como forma de chamar a atenção de todos os atores e de todas as pessoas, para acelerar os esforços e focarem em ações concretas que minimizem as desigualdades contribuindo para pôr fim a SIDA no horizonte 2030.