A última vaga da Covid19 em Cabo Verde não sobrecarregou os Serviços de Saúde graças a Vacinação
Esta constatação foi feita pelo Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, hoje 10, durante a conferência de imprensa virtual do Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde para África, onde participou como painelitas juntamente com a Diretora Regional da OMS, Matshidiso Moeti e outros representantes do Ruanda e Africa do Sul, sobre o tema “Pandemia da Covid19 dois anos de resposta em Africa.”
Durante a sua intervenção, o Ministro da Saúde considerou que esta Conferência Virtual é uma grande oportunidade para Cabo Verde partilhar a sua experiência no enfrentamento da pandemia por SARS-CoV-2 cujo impacto sanitário, económico e social tem sido severo. Do ponto de vista sanitário, afirmou que embora tenham sido dois anos difíceis, congratula-se que o país esteja a sair da fase aguda da pandemia.
Arlindo do Rosário disse ainda que a alta taxa de vacinação contra a Covid19 em Cabo Verde permitiram com que a vaga provocada pela variante Ómicron não sobrecarregasse os hospitais e os serviços de saúde do país e que os serviços de saúde de rotina continuaram a funcionar.
“Após uma onda severa de COVID-19 ligada à variante Ómicron, entre o final de dezembro de 2021 e início de janeiro deste ano, os casos diminuíram de 7182 na primeira semana de janeiro para 105 na última semana, e a taxa de testes positivos é atualmente, em média, de 2,5%. O número de mortes foi muito inferior ao esperado, com uma taxa de letalidade a volta de 0,7% situando-se abaixo da letalidade provocada pelas ondas anteriores.” assegurou.
De acordo com o Governante, a COVID-19 teve um impacto significativo no desenvolvimento económico no país, causando redução das oportunidades de negócios, perda de empregos e queda na produtividade total, e consequentemente a recessão do PIB e aumento da dívida pública, agravando o cenário macro fiscal.
O Ministro reconheceu ainda que a luta contra a COVID-19 em Cabo Verde, contou com vários fatores favoráveis que contribuíram para um bom combate nomeadamente serviços de saúde primários de qualidade e próximo da população, a confiança nos serviços de saúde e a comunicação regular e adequada com a população.
Avançou por fim, que o Governo de Cabo Verde está empenhado em proteger a sua população contra a COVID-19 mesmo quando a doença passa de um contexto epidémico para um contexto endémico e que as autoridades continuarão a encorajar medidas adequadas de saúde pública para proteção individual, e proporcionar o acesso universal às vacinas para as populações elegíveis.
O titular da pasta da saúde agradeceu todo apoio que o país tem recebido das agencias das Nações Unidas e da OMS bem como de outros parceiros bilaterais e multilaterais e reconheceu o importante papel que desempenhou a diplomacia para saúde na mobilização dos recursos necessários para o combate a pandemia, com destaque para as vacinas.
A Diretora Regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, considerou que esta pandemia trouxe inúmeras oportunidades de aprendizagem, mas também se constatou muitas dificuldades e que a terceira vaga em África foi muito dolorosa para os sistemas de saúde africanos, onde houve muitas mortes em que as organizações e governos tiveram que fazer rápidas adaptações para adequar as respostas. Moei deixou o compromisso da OMS em continuar a trabalhar para o acesso equitativo das vacinas e com os países para o enfrentamento de outras ameaças de saúde que podem surgir. A Diretora Regional da OMS Afro deixou uma mensagem pro-vacinação dizendo “Vacinem-se e não transmitem histórias sobre vacinas que sejam mentiras ou que desincentivem os outros a se vacinarem.”
Esta Conferencia de Imprensa virtual da OMS AFRO ocorre por ocasião do 2º aniversário do isolamento do vírus Sars-CoV-2 em África.