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Cabo Verde assinala o Dia Mundial de Luta Contra o Paludismo na qualidade de país certificado livre de paludismo pela OMS  

Dia Mundial de Luta Contra o Paludismo- 25 de abril

Hoje, 25 de abril, assinala-se o Dia Mundial de Luta Contra o Paludismo, este ano sob o lema “Acelerar a luta contra o Paludismo para um mundo mais equitativo”, visando reforçar a sensibilização e consciencialização que todas as pessoas têm direito a serviços de qualidade, oportunos e acessíveis para prevenir, detetar e tratar o Paludismo, mas esta não é uma realidade para todos.

Recentemente, (12 de janeiro de 2024) Cabo Verde foi certificado como o quarto país livre da malária na região africana da Organização Mundial da Saúde (OMS), após Maurícias, Marrocos e Argélia, certificados em 1973, 2010 e 2019, respetivamente.

O país adotou um Plano de Prevenção da Reintrodução do Paludismo e o desafio agora é continuar a dedicação e o engajamento das instituições, do Govreno, da sociedade civil, o setor público e privado e o incremento das fontes de financiamento para fazer face a eliminação do paludismo e à manutenção da Certificação.

Dados relevantes sobre a Malaria no país, nomeadamente uma
contextualização e dados estatísticos da evolução, os resultados alcançados e
quais os critérios elegíveis para ser declarado de país livre da Malária


Se considerarmos o ano de 1950, como referência do início do combate ao
paludismo no país, implementado pelo Serviço de Endemias do Instituto de higiene
e Medicina Tropical de Lisboa, e fazendo uma análise do historial do paludismo, em
Cabo Verde, podemos destacar seis etapas de referência, com destaque para três
períodos de interrupção da transmissão da doença:
Período I – 1967 a 1972 – Interrupção da transmissão local, durante 5 anos;
Período II – 1983 a 1985 – Interrupção da transmissão local, durante 3 anos;
Período III – 2018 a 2023 (novembro) – Interrupção da transmissão local, durante 5
anos e 10 meses.


A eliminação da transmissão local do paludismo, pela terceira vez, com a notificação
de zero casos autóctones de fevereiro de 2018 até a presente data.
Vários fatores influenciam a dinâmica de transmissão do paludismo no país e
constituem desafios importantes a ter em conta, requerendo uma vigilância
permanente e integrada. São eles:
 O movimento de pessoas de e para áreas endémicas;
 O aumento da mobilidade interna;
 A baixa imunidade da população;
 A possibilidade de modificar o comportamento dos vetores, principalmente,
devido às mudanças climáticas e às medidas de luta antivetorial
implementadas;
 Os problemas relacionados ao surgimento de resistência a inseticidas, de
entre outros.



Ganhos com a Certificação da eliminação do paludismo:

  1. Reconhecimento Oficial de uma conquista significante de importância de
    Saúde Pública mundial;
  2. Reforço do programa para prevenir o restabelecimento da transmissão do
    paludismo;
  3. Melhoria na competitividade económica de Cabo Verde para a promoção do
    turismo e o investimento.
  4. Primeiro país africano da costa ocidental a eliminar o paludismo nos últimos
    50 anos;
  5. Farol/esperança para a Africa e o Mundo na eliminação do paludismo;
  6. Publicação em Registro Epidemiológico Semanal e outros do site da OMS;
  7. País listado no registo da OMS de áreas onde a eliminação da malária foi
    alcançada (Visibilidade e prestígio mundial).
  8. Maior visibilidade e destaque de Cabo Verde como país com um sitema de
    saúde resiliente.
  9. Mais um indicador da melhoria da qualidade de vida e de saude dos Caboverdianos
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